terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Extra - Conselhos Não. Pontos de Vista.

É o Second Life realmente tornasse cada dia mais atrativo, um mundo a ser descoberto, a ser sentido a ser vivido.


Com certeza, caro leitor, se você não experimentou as alegrias de sua segunda vida, as frustrações contidas nela, não se apaixonou perdidamente por alguém que mora a quilômetros de distancia de você, fez juras de amor as quais sabe que jamais será correspondido, sonhou com uma situação vivenciada no SL e torceu para que ela se concretizasse até mesmo na "Vida Real", desculpe-me a franqueza, mas não vivestes ainda, de forma intensa, sua segunda vida.


Convenhamos que a cada dia que logamos e daquela tela preta surge o personagem, como no meu caso o "Jonh Wirefly", muitos apenas jogam e passam o tempo outro, como no meu caso, procuram viver as situações, conhecer as pessoas, entender que atrás daquele avatar há alguém que sente, sofre, chora, sorri, vive e experimenta as situações surgidas no SL e que, com isso, pode se desiludir a patamares indiscritiveis e perigosos.


Quantos de nós se deparou dando gargalhadas em frente ao computador em razão de alguma coisa acontecida no "jogo"? Ou mesmo se emocionou com o que vivenciou ou lhe foi dito? Quantos dos avatares se esbaldaram em luxuria e se satisfizeram em prazeres, ou mesmo foram para a cama chorar em silêncio, refletir a situação, enfim quantos foram os avatares que sofreram em silêncio?


Pois é amigo, surpreenda-se, mas nenhum dos avatares fez isso e se por ventura te identificastes com alguma das características que descrevi acima, parabéns, você esta vivendo o SL.


Esta Segunda Vida é fascinante, mas ao mesmo tempo arriscada, cada dia temos uma avalanche de emoções e é difícil contê-las, as vezes separar a sl da rl é algo mais complicado do que aparenta ser, pois nos envolvemos com as pessoas as situações, porém, nestas horas, caros leitores e "mestres", devemos ser ponderados, apostar na possibilidade de SL virar RL mas, também, acreditar que hão inúmeros obstáculos onde muitas vezes estes parecem intransponíveis, mas saber que não existe obstáculos intransponíveis, somos nós que os damos este status por desculpa ou ate mesmo medo de arriscar.


Lembro e confesso que de certa forma e a minha maneira vivo o SL, pois, por exemplo, fiquei feliz pelo amigo Diego quando ele anunciou o nascimento de seu filho na RL, assim como fiquei pasmo ao saber que uma amiga, com problemas na vida real, não aguentou a pressão da situação que estava passando e "fugiu" de todas as vidas e me senti pior ainda quando buscando confirmações fui no perfil dela e lá havia um depoimento escrito por um familiar onde explicava as causas e os motivos possíveis para a decisão dela.


Não sou o melhor exemplo de "morador" do Second Life, também não sou o mais indicado para falar de sentimentos, porém acredito que todos sabemos e podemos aprender sobre as pessoas, não que nunca me senti envolvido por alguém, hão de convir que isso é praticamente impossível, mas sempre procurei ter a razão como norteadora da emoção e olha, confesso que isso algumas vezes acaba por ser doloroso. Como é gostoso se entregar a um sentimento e ter ele correspondido, realmente é indescritível a sensação de saber que ao entrar naquele mundo virtual lá estará alguém te esperando, sentindo sua falta, querendo conversar com você, enfim ser querido e aguardado mesmo que apenas momentaneamente no mundo virtual.


Contudo trazer aquela emoção para a realidade e saber que aquilo tudo não foi real é frustrante, ainda mais ao fazer-se acreditar que as possibilidades de um dia aquelas situações se concretizarem são mínimas, não impossíveis mas pouco prováveis, é algo realmente desorientador, mas, caro leitor, neste ponto me obrigo a dizer, bem vindo a vida real.


Neste ponto, como a vida não é uma ciência exata, posso afirmar o quanto satisfatória é a sensação de conhecer pessoalmente as pessoas que "habitam" os avatares, eu me sinto honrado em poder dizer que conheci duas delas e as tenho como grandes amigas. Enfim um fato real que fugiu as probabilidades.
Assim recomendo, mesmo sabendo que meus dizeres não são de grande valia mas, como sou teimoso, ouso proferi-los, que você leitor, viva e sinta o second life, entregue-se a magia oferecida naquele mundo, mas não esqueça, jamais, da razão. Claro que meu objetivo não é frustrar alguém ou dizer que acontecer algo é impossível, pois a impossibilidade somos nós quem criamos, então viva a SL em harmonia com a RL e seja feliz sempre.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Do Beijo ao Desejo


Os dias passam, cada vez mais estou habituado aos fascínios ofertados por aquele mundo que se apresentava diante de meus olhos. Agora tenho amigos, pessoas com quem conversar, afinidades se constroem gradativamente.

Sinto falta daquele anjo que me auxiliara quando do meu ingresso neste novo mundo, porém a saudade é amenizada pela presença da Dani, ela tem sido de suma importância na minha adaptação, passamos os dias juntos, desbravamos os SL, gosto de te-la próximo e acredito na reciprocidade do sentimento.

Com o tempo percebemos o despertar de uma afinidade, um interesse em tê-la não apenas como amiga, andamos por belos campos, musica calma. Deparamo-nos frente a frente, nossos olhares se cruzam incansavelmente, não necessitamos de palavras, aprendemos a ler os gestos um do outro, nossa linguagem corporal é clara.

Que lugar fascinante era aquele que estávamos conhecendo, novamente nossos olhares interagem, sem palavra e instintivamente a abraço, tenho vontade de acariciá-la, um leve sorriso se disfarça naqueles lábios, nossos rostos se aproximam, toco suavemente aquela boca, beijamo-nos com fervor, minhas mãos desbravam aquele corpo, sinto sua respiração, seus toque suaves, suas carícias, o despertar de um desejo até então guardado em nós.

As semanas passam, não somos mais apenas amigos, somos algo mais consistente, namorados talvez, cada dia ficávamos mais íntimos, não havíamos celebrado nossa união com prazer, mas a sensação de te-la junto a mim já se fazia imensamente prazerosa. Também não queria força-la a nada, mas apenas conquistá-la a cada dia, até que se sentisse segura a ponto de entregar-se a mim.

Estamos cada vez mais unidos, procuramos fazer tudo junto, sempre encontrávamos novos lugares, bonitos, em sua maioria, e ali permanecíamos, dançando, conversando, nos curtindo. Sentíamos o fervor de nossos corpos, quando em um trocar de carícias manifestamos nossos desejos, vamos a um local adequado e como um casal de amantes perfectibilizamos nosso carinho.

Tenho-a em meus braços, sinto o deslizar de suas mãos por meu corpo, despimo-nos vagarosamente, sussurramos palavras doces, deito-a na cama, percorro seu corpo, me perco naquelas curvas, acaricio seus seios, sinto suas mãos em minhas costas.

Ouço gemidos de prazer, deliro a cada suspiro da Dani, escorrego suavemente a ponta de meus dedos por aquele corpo, sinto sua pele arrepiada, torno a descer por aquele caminho ardente em fogo, robustecido pelo prazer que emana daquele corpo.

Toco-a de uma maneira não antes experimentada, uma mescla de mãos e braços, beijos e abraços, suspiros, gemidos, línguas, pele e seus laços, torno a olhá-la, nossas respirações ofegantes, o desejo estampado em nossos olhares, a possuo, deslizando delicadamente por seu ventre, mordendo seu pescoço, sentindo suas unhas em minhas costas, gemendo ao seu ouvido, suspiros de prazer, perdidos entre palavras, toques, gritos e gemidos.

Sentia-me feliz, vislumbrava o mesmo naqueles sutís traços, agelicalmente moldados na face da Dani. Cada dia no SL aprendíamos mais sobre as pessoas. Como era bom fazer parte daquele SL e melhor ainda era ter alguém lá.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Extra - Começa um RPG no SL


A sociedade evolui o deslocamento populacional em sentido às grandes metrópoles torna-se cada vez mais intenso, pessoas atrás de empregos, sonhos, enfim oportunidades.

Com o aumento populacional percebesse um despreparo administrativo, cidades mal estruturadas, sem condições de suportar as demandas, pessoas desamparadas, sonhos frustrados, desemprego e desespero daqueles que outra hora sonhavam com a felicidade e estabilidade.

Absolutamente abandonada a população revoltasse com aquele sistema falho, aumenta o índice de marginalidade local, desigualdade social afronta os desfavorecidos, um ar de revolta toma conta daquela região.

Pessoas expostas a condições de pobreza, vivendo de forma indigna, insegura, aglomeram-se em centros comunitários formando "sub-cidades". Face a realidade daquela população, o aumento do desemprego e a insegurança que atordoava aqueles moradores eis que muitos, motivados pelo desamparo, abandono e revolta, reúnem-se em grupos com tombados sobre a forte ideologia de combate aquela situação.

Quarta feira, 05 de março de 1969, sob o comando do braço armado de Sheip Drakfold é proclamado, no alto daquele centro habitacional, o grito de combate ao sistema. Fundasse o Comando Vermelho, a maior e mais perigosa facção armada do Estado do Rio de Janeiro.

Iniciadas as atividades criminosas do Comando Vermelho, o Estado, como método de retaliação aqueles rebeldes reúne seus melhores e mais bem qualificados homens e cria o batalhão de combate ao crime organizado, sua Tropa de Elite, seu braço forte na imposição da lei.

Pelos cidadãos indefesos são conhecidos como Batalhão de Operações Especiais e, pelos rebeldes, temidos por serem Caveiras, naquela tarde pouco habitual o comandante de polícia do Estado do Rio de Janeiro apresenta para aquela facção criminosa denominada de CV, seu pior pesadelo e seu maior inimigo o BOPE TE.

Em atividade desde a década de 50, os homens caveiras lutam na contenção da violência e o avanço da criminalidade nas favelas fluminenses.

A sociedade caminha a passos contidos, para muitos seria apenas mais um dia daquela primavera de 1975, exceto para Marcos666, que, após presenciar uma tentativa de assalto, vira seus pais, instintivamente, reagirem aquela ação criminosa e serem abatidos diante de seus olhos sob os risos frenéticos daqueles assassinos.

Tomado de emoção, com suas vestes ensanguentadas pelos fluidos de vida que derramava daqueles corpos pálidos e que, outrora, foram responsáveis por sua vida e criação, sente uma única lágrima brotar de seus olhos e, tendo Deus por sua testemunha, promete aquelas vítimas do sistema que conhecia como pais, acabar com a violência social que lhes vitimara.

Sepultados sob as juras de vingança proferidas por seu filho, eis que Marcos666 ingressa na academia de policia militar do Estado do Rio de Janeiro, dedicando-se a sua vida militar com o mesmo zelo que se despende a um filho, cada gota de suor derramada significava uma vitória em sua carreira que prosperara até o alcance da Patente de Coronel da Tropa de Elite denominada de BOPE.

Motivado por seus princípios, Sheip evolui com seu grupo e torna ele tão forte a ponto de proclamar-se DONO DO MORRO do Jacarezinho, espalhando, com tirania, o medo aos moradores do Rio de Janeiro.

Sabido, pelo Coronel Marcos666, que a morte de seus pais se dera pelas mãos do dono do morro do Jacarezinho eis que este tornasse o alvo principal da ira daquele policial, por outro lado, acreditando que aquela farda demonstrava toda a situação na qual sua família fora exposta, pobreza, humilhação, fome, Sheip declara guerra a todos que ela vestissem e, conseqüentemente ao sistema.

Ao entardecer do tórrido dia de sexta feira, 14 de julho de 1984, o Coronel Marcos666 reúne sua tropa para uma missão de apreensão do dono do Jacarezinho. Estratégias firmadas eis que o Batalhão dos Caveiras, sorrateiramente invadem o morro. O deslocamento do batalhão é perfeito, a população local não percebe a presença policial naquela região, quando ao adentrar na quadra do Jacaré o Cel. Marcos666 deparasse com um grupo de crianças brincando sob os olhares atentos de 3 homens fortemente armados.

Um leve sorriso naquele rosto garimpado pela vingança, um sutil aceno de cabeça e, sob a mira precisa de um de seus homens, ouve-se um disparo seguido pela visão de um corpo estirado ao chão. O desespero toma conta dos presentes, um dos seguranças fora abatido, a correria é geral, os seguranças batem em retirada. Amedrontados esquecem o mais precioso bem do líder do comando Vermelho. Willyan, para muitos o Pequeno Will, uma criança de 8 anos de idade, sorridente, brincalhona, feliz e ingênua, uma presa fácil para aquele militar tomado pelo sentimento de vingança.

Os caveiras correm em direção aquele inocente, sob o comando de seu Cel. interrogam o pequeno. Lagrimas são visíveis nos olhos da criança que angelicalmente lhes pedia pela mãe. informações não são obtidas, o líder do batalhão se aproxima ajoelha-se e olha fixamente para o pequeno Will, sorri e, agilmente, desfere um golpe contra aquela face agarrando, por ato continuo, os cabelos da criança e levando-a até sua viatura. A população local se revolta com tamanha agressividade do policial e ele despede-se dos presentes lhes dizendo "ninguém viu nada", sorrindo ingressa na viatura e deixam o local.

Minutos se passaram, o pequeno agora encontrasse aos prantos, desesperado, o Coronel torna a perguntar-lhe a localização de seu pai, o Will chora, diz não saber, agressões são sofridas, gritos são ouvidos, choro também,o policial sabe de sua obrigação e os dados que possui não lhe auxiliam no êxito da missão. Lembranças passam na cabeça daquele homem, ouve-se o estalo do engatilhar da arma, a criança chora.

Sob o céu estrelado um ruído, o recado ao Líder do Comando Vermelho, Sheip, assassino dos pais de Marcos666, estava dado.

Tomados de raiva Sheip declara guerra e faz de Marcos666 seu alvo principal, o Coronel e o Líder do Comando, desde então, travam uma guerra urbana porém com fins pessoais, ações que acarretam, cada vez mais, em mortos e feridos de ambos os lados. Uns dominados pela sede de justiça e outro por vingança.

Agora esta cidade esta a beira de virar um mar de sangue, onde combates são cada vez mais constantes o rio de janeiro tornou-se palco de muitos confrontos e cabe a você escolher qual lado lutar ou tentar viver nessa cidade tomada pelo medo e o caos pois agora quem vai sobreviver a essa guerra são os caveiras do BOPE TE? ou os traficantes do comando vermelho escolha seu grupo e boa luta!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010


Novamente sozinho naquele universo encantador, desbravava os mitérios por ele proporcionados, tendo como testemunha de minhas descobertas apenas os olhos atentos de meu mestre.

Cada dia passado na minha "Segunda Vida" percebia que ainda tinha muito a descobrir sobre o paraíso digital, habitado não apenas por avatares humanos, mas, também, seres mitológicos, alienígenas, enfim seres que povoam a mente humana e deixam aquela terra mais encantadora e ao mesmo tempo intrigante.

Passados alguns meses desde meu nascimento, meu mestre, agora, objetivava aperfeiçoar-me, tornar-me mais humano, sendo que, por este objetivo, passara a percorrer locais onde disponibilizavam roupas e acessórios.

Timidamente percorria os corredores daquele local, observando variedades capazes de sanar os mais diversos estilos e gostos dos avatares. Caminhava lentamente, pois não tinha pressa e nem objetivo de chegada, via pessoas conversando em diversos idiomas, dúvidas ainda pairavam em minha mente, passo a passo avanço por aquela imensidão, observo de longe aquela mulher de curvas delineadas, pele morena, olhos claros, simplesmente linda, rodeada de amigas, riam todas ao mesmo tempo, pareciam felizes e compenetradas nos modelos de roupas expostos.

Me aproximo discretamente, paro diante daquele pequeno grupo de belas mulheres, peço-lhes ajuda... Sinceramente, depois do que vivenciei no SL não esperava muita cordialidade no tratamento, porém, ao contrário de minhas expectativas, percebo um manifesto de delicadeza e educação, seguido de um convite para aproximar-me.

Tomado de vergonha informo meu desejo em adquiri novas roupas e melhorar o aspecto, que não era nada ruim mas ainda podia melhorar muito, porém, nao sabia como fazê-lo. Inesperadamente aquele risonho grupo logo abdica de suas compras e se dispõe a me auxiliar, comandado pela morena de curvas perfeitas, longos cabelos castanhos, andar seusual, que passa a se deslocar por cada corredor com agilidade e perspicácia de quem sabe o que procura. Iniciada a busca eis que deparo-me com uma parede tomada de roupas masculinas e acessórios, sendo que, após dislumbrar-me com o que via, percebo estar sendo observado pela morena antes risonha e agora compenetrada... Daniella Landar, belo nome, não tenho como esquecê-lo.

Passados alguns instantes sob o atendo e minucioso olhar de Daniella, eis que vejo-a estudar-me, observando-me fixamente nos olhos e dizendo "é... vamos começar..."

Iniciada a seleção de roupas, risos, questionamentos, conversas paralelas, me divertia com elas, por obvio, diversas vezes fui motivo de piadas mas eram apenas brincadeiras inocentes, como as que fazemos com amigos, divertimo-nos muito aquela noite.

Conforme as horas passavam o grupo ia diminuindo, até que restou apenas Daniella e eu. Mesmo em número menor ao original, continuamos em busca do meu aperfeiçoamento, sendo que findas as buscas, como forma de gratidão, propus acompanha-la até sua casa, haja visto que não seria nata gentil despedir-me e abandoná-la naquele local.

Chegado ao local onde a morena repousava, fui convidado a ali permanecer, acomodando-me em um sofá. Despedimo-nos, aguardei que a "Dani" adormecesse, acomodei-me melhor e lentamente senti meus olhos fechando até perder de vez minha visão... É, este foi mais um dia no meu sl.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Entre um simples até breve e um forte ADEUS.

Estranho, mesmo passados alguns dias desde aquele beijo ainda lembro do gosto dos lábios dela, sua imagem era constante em meus pensamentos, sentia falta de seu afago, seu sorriso, seus encantos, queria escutar novamente aquelas palavras vindas de sua boca e que ecoavam como musica em meus ouvidos.
Com sua imagem viva em meus pensamentos, seguia por aquele imenso mundo, desbravando-o, conhecendo novos lugares, novas pessoas, tudo era belo, perfeito, que mundo fascinante... O que será que aconteceu com ela? Por qual motivo não apareceu mais?
Constantes eram as buscas a ela entre meus contatos, cada toque uma esperança, que acabava frustrada quando percebida não ser daquele anjo.
Ando devagar, estou na praia, o mar azul, o sol brilhando, pessoas rindo, conversando, sinto meus pés penetrarem naquela areia branca, macia é tão gostoso andar ali, a música acalma meu espírito, o som das ondas determinam o compasso dos batimentos de meu coração, tudo é tão bom, tão calmo. Sento e detenho-me a contemplar o mar.
Em meio aquelas reflexões, algo atiça meu espírito, ela me chama, o anjo voltou!!! Conversamos por alguns momentos, sou convidado a acompanha-la, meu coração bate acelerado, de imediato aceito seu convite, quero revê-la, sentí-la, vou ao seu encontro.
Diante daquele anjo, palavras me faltam para descrever minha felicidade em revê-la, há, em minha cabeça, uma confusão de pensamentos, em meus corpo uma avalanche de sentimentos, estou confuso, não sei o que falar, sinto-me feliz.
Andamos lado a lado, tudo para nós é motivo de risos, visitamos lugares diferentes, as horas passam, meu mestre acompanha o movimento do relógio, o dia foi maravilhoso, nos sentia-mos a vontade um na presença do outro, parecia que nos conheciamos há anos, a noite caí, o céu, antes ensolarado, agora pigmentasse de estrelas, um linda noite se ilustra naquela segunda vida. Contemplamos as estrelas, já esta tarde, no mundo de meu mestre, as horas voaram ao seu lado, o dia foi maravilhoso.
Em meio aquela noite perfeita, risos soltos ao ar, percebo que meu anjo havia se calado, parecia preocupado, algo acontecia em seus pensamentos, ela não era assim. Permaneço em silêncio ao seu lado, ouço sua voz suave, desta vez triste, pronunciar. "Jonh..."
Oh Deus, tudo estava perfeito, por qual motivo o destino fizera isso comigo? Como ficarei?
Não esqueço aquele momento, o ar parecia pesado, estava dificil respirar, meu coração papitava desordenadamente, sentia meu rosto suar.
"Jonh...", nunca a pronuncia de meu nome naqueles lábios fizera tão mal para mim, estava tudo indo bem, eu gostava da sua companhia e acreditava que ela sentia o mesmo.
"Jonh..." Mestre o que será de mim agora? Como ficaremos? O que de errado nós fizemos?
Demonstro calma em minha face, mas minha alma encontrasse inqueita, volto-me a ela, seus olhos estão lacrimejados, sua expressão é triste, as estrelas são testemunhas forjadas daquele momento.
Vejo lágrimas brotarem de seus olhos, escorregarem por sua face, perderem-se em seus traços, sua boca esta trêmula, a respiração ofegante, um olhar triste perdido na imensidão de sua beleza...
"Jonh..." as palavras temiam em sair daqueles lábios com traços delicados...
Ainda lembro, como foi difícil ouvir aqueles dizeres.
"Jonh... Não conseguirei mais vê-lo..., minha mestra terá que mudar de cidade e me levará com ela..."
Antes que ela terminasse especulei se lá não conseguiria mais buscar meios de vir a este mundo, podiamos nos ver com menos freqüência, mas o importante seria vê-la."
"Não... Jonh, de lá não terei mais como aparecer, não me será permitido, sinto muito, adorei os momentos que passamos juntos..."
Reluto para não demonstrar minha tristeza, um única e solitária lágrima surge em meu olhar, tomo-a em meus braços pela última vez, acaricio aquele corpo, sinto aquela respiração, escorrego meus dedos por entre seus cabelos... Tudo, pela última vez....
Beijo aqueles lábios com fervor, com saudade, nossos corpos unem-se, pela última vez.
abraço-a, um abraço demorado, forte e carinhoso, pela última vez.
E, pela última vez, vejo ela caminhar em sentido ao horizonte, afastando-se lentamente de tudo que vivemos e confidenciamos, nossos momentos juntos, minhas angústias por ela muitas vezes socorridas, nossos passeios, aquela cumplicidade que surgiu. Ela segue caminhando, meus olhos fixam-se naquele anjo que se vira, sorri e me acena... PELA ÚLTIMA VEZ.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Aprendendo a ser um NOOB

Andando por aquela imensa e desconhecida terra, movido por uma curiosidade digna de uma criança, ingênua mas questionadora, meus pés tocavam cada centímetro daquele gramado com extrema satisfação.
Conforme me deslocava naquele novo mundo ia descobrindo "pessoas" diferentes, tão diferentes que faltava-me vocabulário para comunicar-me com elas, dando-me a sensação de que aquele mundo mais parecia uma "torre de babel" virtual.
Deslocando-me, de forma solitária, vislumbrava-me com o que via, um universo de perfeição apto a ser explorado, um mundo aos meus pés.
Passadas algumas horas naquele fantástico e ilusório mundo, meu mestre, já demonstrando sinais de cansaço, relutava ao entregar-se ao sono que lhe pesava aos olhos, guiando-me sob a esperança de localizar alguém com nobreza similar a daquele anjo que outrora conhecera.
Motivado pelas expectativas que circundavam por aquele novo mundo, aproximo-me de um grupo, percebo e compreendo o que eles falam, timidamente volto-me a eles, paro, olho ao redor e ali permaneço estático, uma imensidão de dúvidas pairam a minha cabeça até que meus confusos pensamentos detem-se a observar as palavras dirigidas a mim. Aproximo-me do grupo, percebo que seu líder, não sei exatamante se aquele avatar seria digno de sustentar tal título, mas falava de forma a se destacar dos demais, detenho-me ao que ele diz, não entendo o motivo de tamanha agressividade naquelas palavras.
Permaneço a uma distância segura e respeitosa daquele grupo, o líder continua a insultar-me, palavras fortes são dirigidas a mim, golpeiam-me como flexas disparadas contra meu peito, atordoando-me, ofendendo-me, denigrindo minha imagem. Vagarosamente afasto-me daquele grupo, ao som de palavras ofensivas, agora, também proferidas pelos demais presentes. As palavras tinham cunho agressivo e forte, os problemas de ortografia demonstravam bem o que seriam aqueles covardes, continuo afastando-me ao som dos xingamentos, cada vez mais impronunciáveis até que percebo, por fim, uma palavra desconhecida. "NOOB"!!!.
Novas dúvidas ocupam minha mente, meu mestre silenciosamente observa aquela cena, percebo que não gostara do que me vira passar, olho ao redor, não há ninguem próximo, sinto lágrimas brotarem aos meus olhos, o sentimento antes aflorado agora cria forma, tornasse frustração. Deus, isso é o Second Life? Uma caricatura do mundo real, tomado por pessoas egoístas que não se importam com os demais?. Desespero-me, reporto-me ao meu mestre buscando esclarecimentos... Mestre o que fiz para eles? Por qual motivos fui tão insultado?
Meu mestre olha fixamente aquela cena, não diz nada, apenas demonstra descontentamento pelo que presenciara, olha ao redor, analisa o ambiente, esta pensativo.
Percebo que ele se preocupara com o que aconteceu e, como um pai zeloso cuida de seu filho, decide não mais me expor aquele mundo "irreal", abre telas em busca de comandos, olha-me fixamente, percebo um pedido de desculpas em seus olhos, olhamo-nos por alguns instantes, sua mão sutilmente segue os comandos do teclado, localiza o que necessitava... Mestre, por favor, nãoooo!!!...
Meu mestre para, percebo acatar minha solicitação, reporto-me a ele, faço-o lembrar daquela pessoa maravilhosa que conhecera no dia anterior, peço-lhe mais uma chance, sinto que sou mais forte do que imaginava. Mestre dá-me uma nova chance...
Passados alguns instantes, estando minha vida a ponto de ser encerrada ao menor toque no teclado, torno a deslocar-me por aquelas terras, acanhado, entristecido, ferido.
Durante meu andar, pesado em razão do que passara a poucos instantes, ouço um toque, um singelo chamado que tomou-me de felicidade, era ela, aquele anjo novamente apresentou-se a mim, as lágrimas que brotavam de meus olhos agora eram trocadas por sorrisos, uma satisfação indescritível.
Leio aqueles dizeres, os quais recordo como se a pouco tivessem sido proferidos, "Oi Jonh, tudo bem? Onde você esta?
Informo-a da situação que experimentara a pouco, sou questionado se eu gostaria de me juntar a ela. Vou a sua presença, recebo alguns ítens, começo a aprimorar minha forma, evoluo naquele mundo, em seguida andamos lado a lado, sentia-me bem com ela, seguro ao seu lado. Conheço uma nova localidade, novas terras, ela sempre com o sorriso no rosto me explicando cada detalhe, esclarecendo cada dúvida, aproximamo-nos de dois comandos, posto-me em frente a ela, nossos olhares fixam-se um no outro, aproximo-me dela, sinto o suave toque de suas mãos em meu dorso, percebo um sorriso tímidamente ilustrado na face daquele anjo, tomo-a em meus braços, olho aquela face, aproximamo-nos, sinto o leve toque de seus lábios, um sentimento de gratidão e luxúria tomam conta de meu corpo, aquele toque, aquele beijo, sua pele macia envolta em meus braços, a respiração ofegante.
Nossas mãos se entrelaçam, nossos lábios novamente se tocam, trocamos carícias por nossos corpos. Sinto-me bem, sou feliz ao seu lado. Percebo que, assim como no mundo real, no Second Life somos abençoados por conhecer-mos anjos.
Obrigado Mestre...

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Nasce um Avatar.


Sexta feira, dia 17 de Outubro de 2008, sob uma noite estrelada aos ares de primavera, meu mestre, entediado e deparando-se com uma programação nada atrativa, reportasse as utilidades daquela máquina que para muitos é insignificante e fútil, porém, que se tornou de extrema importância na minha second life.

Percorridos os árduos caminhos encontrados para que eu pudesse ganhar a vida, meu mestre, de maneira maestral, soube supera-los e me despertar para um mundo que, embora seja subjetivo e irreal, demonstrou-se, para mim, fascinante e expressivo.

Após, aproximadamente, 40 minutos desde a investida de meu mestre, equiparando-se a um deus, me dando a vida e zelando por ela, eis que, pela primeira vez, pude tocar com meus pés descalsos o solo gramado e fecundo daquela terra virtual e tão cheia de mistérios.

Iniciada minha tragetória, deparo-me com um problema até então insolucionável e desesperador, meus Deus, mestre, por qual motivo me fizestes assim?

Tamanha a frustração senti quando me vi pela primeira vez, de modo que palavras me faltam para descrever aquilo que estava diante de meus olhos, um ser desengonçado, sem traços algum de humanidade, desesperei-me, reportando-me novamente ao mestre que com um positivismo consolou-me e me deu esperanças.

Superada a frustração inicial, obriguei-me a buscar algum tipo de auxilio naquela terra desconhecida e repletas de seres dignos de serem intitulados como "Deuses Gregos", parecendo moldados por mãos cirúrgicas de artistas.

Vislumbrado com o que via, por diversas vezes fixei os olhos naqueles seres ocupantes do então mundo virtual, ou seja, mulheres com corpos fantásticos, moldados para todos os gostos, com curvas perfeitas, traços irresistíveis e, também, é claro, homens com expressões corporais bem definidas, de modo que palavras me faltavam para descrever o que via.

Andando sem rumo, sozinho e tentando apreder a me deslocar naquele mundo novo, muitas foram as vezes que, tomado de humildade, reportei-me aquelas "Deusas" em busca de respostas, sendo poucas as vezes que as obtive, sentindo-me sozinho naquele mundo desconhecido e misterioso.

Literalmente perdido, procurando entender aquele universo até entao sem sentido, eis que ouço aquela voz chamando meu nome, "Jonh, tudo bem?", aquela pergunta apresentavasse como musica aos meus ouvidos, buscava descobrir, através de meus passos infalsos, de onde vinha aquela voz doce, quem me chamava.

Localizada a origem daquela pergunta, convenci-me de que se tratava de um anjo, ela era linda, loira, deslumbrante e estava disposta a me auxiliar, responder todas minhas perguntas, saciar minhas duvidas. Mestre sábias palavras as suas de que as coisas tendiam a melhorar para mim.

Iniciada a explicação, perdi-me em seus encantos diante daquele ser, cada palavra representava mais do que letras, mais do que indicações, mas carinho compreensão, ternura, realmente estou convencido de que se tratava de um anjo, pois com um sutil toque e oferta de itens começou a modelar aquela criatura, dando a ela forma, ajustando aqueles traços irreconhecíveis e, anteriormente, motivadores de desanimo e frustração.

Devidamente composto e agora com o ego inflado podia dirigir-me aos demais "Deuses" daquela terra e dizer-lhes: "Ola, sou Jonh Wirefly. Sou um Avatar."