sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Nasce um Avatar.


Sexta feira, dia 17 de Outubro de 2008, sob uma noite estrelada aos ares de primavera, meu mestre, entediado e deparando-se com uma programação nada atrativa, reportasse as utilidades daquela máquina que para muitos é insignificante e fútil, porém, que se tornou de extrema importância na minha second life.

Percorridos os árduos caminhos encontrados para que eu pudesse ganhar a vida, meu mestre, de maneira maestral, soube supera-los e me despertar para um mundo que, embora seja subjetivo e irreal, demonstrou-se, para mim, fascinante e expressivo.

Após, aproximadamente, 40 minutos desde a investida de meu mestre, equiparando-se a um deus, me dando a vida e zelando por ela, eis que, pela primeira vez, pude tocar com meus pés descalsos o solo gramado e fecundo daquela terra virtual e tão cheia de mistérios.

Iniciada minha tragetória, deparo-me com um problema até então insolucionável e desesperador, meus Deus, mestre, por qual motivo me fizestes assim?

Tamanha a frustração senti quando me vi pela primeira vez, de modo que palavras me faltam para descrever aquilo que estava diante de meus olhos, um ser desengonçado, sem traços algum de humanidade, desesperei-me, reportando-me novamente ao mestre que com um positivismo consolou-me e me deu esperanças.

Superada a frustração inicial, obriguei-me a buscar algum tipo de auxilio naquela terra desconhecida e repletas de seres dignos de serem intitulados como "Deuses Gregos", parecendo moldados por mãos cirúrgicas de artistas.

Vislumbrado com o que via, por diversas vezes fixei os olhos naqueles seres ocupantes do então mundo virtual, ou seja, mulheres com corpos fantásticos, moldados para todos os gostos, com curvas perfeitas, traços irresistíveis e, também, é claro, homens com expressões corporais bem definidas, de modo que palavras me faltavam para descrever o que via.

Andando sem rumo, sozinho e tentando apreder a me deslocar naquele mundo novo, muitas foram as vezes que, tomado de humildade, reportei-me aquelas "Deusas" em busca de respostas, sendo poucas as vezes que as obtive, sentindo-me sozinho naquele mundo desconhecido e misterioso.

Literalmente perdido, procurando entender aquele universo até entao sem sentido, eis que ouço aquela voz chamando meu nome, "Jonh, tudo bem?", aquela pergunta apresentavasse como musica aos meus ouvidos, buscava descobrir, através de meus passos infalsos, de onde vinha aquela voz doce, quem me chamava.

Localizada a origem daquela pergunta, convenci-me de que se tratava de um anjo, ela era linda, loira, deslumbrante e estava disposta a me auxiliar, responder todas minhas perguntas, saciar minhas duvidas. Mestre sábias palavras as suas de que as coisas tendiam a melhorar para mim.

Iniciada a explicação, perdi-me em seus encantos diante daquele ser, cada palavra representava mais do que letras, mais do que indicações, mas carinho compreensão, ternura, realmente estou convencido de que se tratava de um anjo, pois com um sutil toque e oferta de itens começou a modelar aquela criatura, dando a ela forma, ajustando aqueles traços irreconhecíveis e, anteriormente, motivadores de desanimo e frustração.

Devidamente composto e agora com o ego inflado podia dirigir-me aos demais "Deuses" daquela terra e dizer-lhes: "Ola, sou Jonh Wirefly. Sou um Avatar."